Há a crença de que quem ler muito escreve bem. É claro que isso é, totalmente, questionável. A quantidade de leitura nunca determinará a qualidade da escrita. Ainda que muitos questionamentos aconteçam, a lógica mais próxima da correta seria a de que a qualidade do leitor seria capaz de determinar a qualidade da escrita.
O fato de o indivíduo ler Fernando Pessoa e Lima Barreto não o fará, diretamente, um bom escrevente. No entanto, se esse indivíduo, que lê esses ícones da Literatura mundial, tiver a habilidade de transformar aquilo que lê numa personalidade única de sua própria escrita, ter-se-á um bom escritor que tem uma boa leitura.
Consequentemente, entende-se que a leitura fará um bom escritor, à medida que o indivíduo construa-se, emocionalmente, como tal. Não são os livros que determinam a habilidade. Eles são apenas veículos que proporcionam uma transformação.
A habilidade do indivíduo transmuta a condição dele mesmo com base no exemplo do autor do livro. A ação de ter uma boa escrita – em relação ao que se lê – é, basicamente, subjetiva e não objetiva como se apregoa.
Ao contrário do que se crê, uma Nação não se faz apenas com os livros. É necessário haver indivíduos inteligentes, emocionalmente, para que toda essa leitura transforme-se em algo produtivo.
Não é de se estranhar que há casos recorrentes de pessoas que, por algum motivo, não gostam de ler e são excelentes na condição da escrita. Exatamente, porque a relação não é determinada nem conclusiva.
Na sequência, entender-se-á de que forma o pensamento estrutural contemporâneo foi estabelecido e concretizado ao longo da história. E, principalmente, quais são as implicações que este modelo traz.
Tudo isso proporcionará um entendimento mais profundo da condição emocional, no intuito de fazer com que a escrita seja um ambiente construtivo e libertador e não um poço de frustrações e medo.
Educador, Consultor em Educação e Desenvolvimento Humano e Produtor Digital